Créditos

Vai pagar mais ou menos pela casa em novembro? Eis o que muda nas prestações

Outubro 31, 2025 · 4:58 pm
Image by wal_172619 from Pixabay

As famílias com crédito à habitação com taxa variável vão sentir em novembro diferentes alterações nas prestações da casa, consoante o indexante.

Depois de vários meses de alívio, os contratos de crédito à habitação indexados à Euribor a 3 meses vão voltar a sentir um ligeiro aumento na prestação da casa em novembro. A tendência, que já se verificou em outubro, confirma a inversão de um ciclo de descidas consecutivas iniciado no início do verão.

Já quem tem crédito associado às Euribor a seis e 12 meses ainda vai beneficiar de uma ligeira descida, que, tudo indica, poderá ser temporária.

De acordo com as simulações da Deco Proteste, baseadas num empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e spread de 1%, as variações são as seguintes:


  • Euribor a 12 meses: a prestação desce para 647,63 euros, menos 42,03 euros face à última revisão, em novembro de 2024;

  • Euribor a 6 meses: baixa para 641,10 euros, uma redução de 7,76 euros em relação à prestação paga desde maio;

  • Euribor a 3 meses: sobe para 635,16 euros, mais 3,89 euros do que em agosto.


Estas diferenças refletem a evolução das médias mensais das Euribor, que em outubro se fixaram em 2,187% (12 meses), 2,107% (6 meses) e 2,034% (3 meses). A ligeira subida na taxa a três meses justifica o novo aumento nas prestações com revisão trimestral, o segundo consecutivo, depois de quase dois anos de alívios.

Ciclo de estabilização pode estar a terminar

Apesar de as descidas nas Euribor a seis e 12 meses ainda proporcionarem algum alívio, os especialistas alertam que o ciclo de reduções poderá estar a chegar ao fim. Caso as taxas mantenham a tendência de ligeira subida observada desde o verão, os créditos revistos em dezembro e janeiro poderão já sentir aumentos nas prestações.

Atualmente, mais de um quarto dos contratos de crédito à habitação em Portugal está indexado à Euribor a 3 meses, pelo que esta inversão de tendência começa a ter impacto direto nas finanças familiares.

BCE mantém taxas diretoras, mas mantém-se vigilante

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta semana manter as taxas de juro diretoras inalteradas pela terceira reunião consecutiva:


  • Facilidade de depósito: 2,00%

  • Taxa de refinanciamento principal: 2,15%

  • Facilidade de cedência de liquidez: 2,40%


Em comunicado, o BCE destacou que a inflação permanece próxima do objetivo de 2% a médio prazo, mas avisou que o cenário económico continua incerto. A presidente do BCE, Christine Lagarde, sublinhou que “alguns dos riscos negativos para o crescimento diminuíram, mas não se pode dizer o mesmo em relação à inflação”.

O novo Governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, reforçou que espera uma estabilidade prolongada das taxas atuais, refletindo a prudência da política monetária num contexto de desaceleração económica na Zona Euro.

A próxima reunião de política monetária do BCE está agendada para 17 e 18 de dezembro, em Frankfurt.

Fonte: Lusa/ Redação

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