O Índice de Preços das Propriedades Comerciais (IPPCom) aumentou 4,2% em 2022, menos 0,9 pontos percentuais do que em 2021, divulgou hoje o Portal do INE (INE).
“Em 2022, os preços das propriedades comerciais mantiveram a trajetória de crescimento iniciada em 2014”, refere o INE. Ainda assim, segundo o instituto estatístico, “tal como tem vindo a suceder desde 2016, os preços dos imóveis comerciais cresceram a um ritmo inferior ao observado no mercado habitacional (12,6% em 2022)”.
Índice de Preços da Habitação aumentou 12,6%
“O mercado habitacional, descrito pela evolução do IPHab [Índice de Preços da Habitação], registou um aumento dos preços superior ao das propriedades comerciais, à semelhança do que tem vindo a suceder nos últimos anos”, refere, detalhando que, no ano passado, “o IPHab aumentou 12,6%, 8,4 pontos percentuais acima da taxa de variação do IPPCom”.
Segundo o INE, “a aceleração observada nos preços dos imóveis residenciais no último ano (+3,2 pontos percentuais), associada à redução do ritmo de crescimento dos preços do mercado das propriedades comerciais (-0,9 pontos percentuais), traduziu-se num incremento significativo do diferencial entre as taxas de crescimento dos dois indicadores, que passou de 4,3 pontos percentuais em 2021 para 8,4 pontos percentuais em 2022″.
Vendas de alojamentos a setores não familiares aumenta
Em 2022, do total de 167.900 transações de alojamentos, 22.385 corresponderam a aquisições de habitação pelos restantes setores institucionais, sendo que as famílias adquiriram 145.515 unidades.
Estes registos corresponderam, no caso das aquisições das famílias, a um aumento de 2,7% relativamente a 2021 e a uma redução de 6,5% nas compras realizadas pelos restantes setores institucionais.
Em valor, as vendas de alojamentos a outros compradores que não as famílias totalizaram 4.500 milhões de euros, representando 14,2% do total e um aumento de 12,4% face ao ano anterior. No ano de referência, o valor das vendas de habitações às famílias fixou-se em 27.300 milhões de euros, mais 13,2% do que em 2021.
Segundo nota o INE, em 2022, com exceção do segundo trimestre, o crescimento homólogo dos preços das habitações adquiridas pelos restantes setores institucionais foi mais intenso do que o apurado para o IPHab.
No primeiro e terceiro trimestres, a diferença nas taxas de variação entre os dois indicadores foi superior a 2,0 pontos percentuais, tendo baixado para 0,7 pontos percentuais, no último trimestre do ano.