Créditos
Sabe quanto está a pagar a mais pelo crédito à habitação? E qual a percentagem de juros?
Agosto 17, 2023 · 5:17 pm
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Os sucessivos aumentos das taxas de juro têm levado muitas famílias com créditos à habitação a verem as prestações aumentar a um ritmo difícil de suportar. O esforço financeiro está em máximos de mais de uma década.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados hoje, a taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a subir em julho, para 3,878%, o valor mais elevado desde abril de 2009. Face a junho, cresceu 22,9 pontos base.
Em julho deste ano, a prestação média subiu para 370 euros mensais, mais 9 euros do que no mês anterior. Quem tem crédito à habitação pagou, em julho, uma média de 106 euros a mais do que pagava no mesmo mês de 2022, ou seja, um acréscimo de 40,2% face ao ano passado.
Juros são mais de metade da prestação há 3 meses
No que respeita ao peso dos juros, em julho de 2022, estes representavam 17% da prestação paga pelas famílias ao banco. Este ano, e pelo terceiro mês consecutivo, os juros são mais de metade: representam 55% da mensalidade, cerca de 204 euros. Isto significa que apenas 45%, isto é, 166 euros, dizem respeito à amortização do capital em dívida. O capital médio em dívida também cresceu 259 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 63.555 euros.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu cinco euros em julho, para 604 euros, o que significa um aumento de 42,1% em termos homólogos. Já o montante médio em dívida foi de 123.098 euros, mais 528 euros do que em junho.
A taxa de juro implícita nos créditos à habitação é um indicador que pretende refletir o esforço financeiro das famílias na totalidade dos créditos concedidos para várias finalidades relacionadas com habitação (construção, aquisição e obras de reabilitação).