O preço das casas continua a subir e a avaliação bancária atingiu um novo recorde. Em janeiro de 2025, o valor mediano da avaliação bancária na habitação fixou-se nos 1.774 euros por metro quadrado (m2), mais 14,5% do que no mesmo período do ano passado e 27 euros acima de dezembro.
Este é o valor mais elevado desde que o Instituto Nacional de Estatística (INE) iniciou esta série de dados, em 2011. Evidencia também uma aceleração do ritmo de crescimento do valor médio de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação. A variação homóloga foi de 13,7%, em dezembro.
O que é a avaliação bancária?
Quando se pede um empréstimo para comprar casa, o banco solicita uma avaliação independente ao imóvel para determinar o seu valor real. Esta avaliação influencia diretamente o montante que a instituição financeira está disposta a emprestar. O aumento do valor mediano da avaliação bancária significa que as casas continuam a valorizar, refletindo a dinâmica do mercado imobiliário.
Como variaram os valores por região?
Em termos homólogos, a Península de Setúbal registou a maior subida (14,6%). Não houve qualquer descida em relação a janeiro de 2024. Se compararmos com dezembro, os maiores aumentos ocorreram no Centro, na Península de Setúbal e no Alentejo (1,8%). A única região onde o valor recuou foi nos Açores (-1,4%).
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Apartamentos mais caros, grandes diferenças regionais
Os apartamentos continuam a ser os imóveis com avaliação mais elevada, atingindo um valor mediano de 1.993 euros/m2 (+15,5% face a janeiro de 2024). Mas os valores variam bastante de região para região:
- Grande Lisboa: 2.641 euros/m2
- Algarve: 2.293 euros/m2
- Alentejo: 1.248 euros/m2 (o mais baixo)
A maior subida homóloga ocorreu nos Açores (19,3%), enquanto a maior queda mensal foi também nesta região (-1,7%). Entre tipologias, os apartamentos T2 destacaram-se, subindo 37 euros, para 2.043 euros/m2.
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E as moradias?
A Região Autónoma da Madeira registou o maior crescimento homólogo (+11,7%), enquanto o Algarve foi a única zona onde os valores recuaram face a dezembro (-3,0%).
Para quem procura uma casa, o valor mediano das moradias foi de 1.326 euros/m2, um aumento de 8,5% em relação a janeiro de 2024. Os preços mais altos continuam concentrados nas mesmas zonas:
- Grande Lisboa: 2.445 euros/m2
- Algarve: 2.376 euros/m2
- Centro e Alentejo: 1.029/m2 e 1.064 euros/m2 (os valores mais baixos)
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Onde é que os valores estão acima e abaixo da média nacional?
Segundo os dados divulgados pelo INE, cinco regiões apresentaram valores acima da mediana nacional:
- Grande Lisboa (+47,2%)
- Algarve (+30,3%)
- Península de Setúbal (+13,6%)
- Madeira (+12,7%)
- Alentejo Litoral (+6,1%)
Já as regiões com valores mais baixos foram:
- Alto Alentejo (-51,4%)
- Beiras e Serra da Estrela (-51,0%)
- Beira Baixa (-49,3%)
Menos avaliações, mas mais procura homóloga
Em janeiro de 2025, foram realizadas cerca de 35.300 avaliações bancárias, uma descida de 5,1% em relação a dezembro. No entanto, face a janeiro de 2024, houve um aumento significativo de 22,1%, o que reflete uma procura crescente por habitação, apesar da escalada de preços.
Com as taxas de juro a estabilizar e a procura a manter-se elevada, o mercado imobiliário pode continuar a pressionar os preços. A evolução do custo do crédito e eventuais mudanças na economia serão fatores decisivos para determinar se os preços vão continuar a subir ou se há margem para desacelerarem.