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Resoluções de Ano Novo: porque continuamos a adiar as nossas promessas?

Janeiro 2, 2025 · 7:00 am
Imagem de Freepik

O início de um novo ano é sempre especial. Há algo de inspirador na ideia de um ciclo que termina e de outro que começa. O Ano Novo chega sempre cheio de esperança, repleto de resoluções de que “desta vez é que é!”

Quem nunca jurou que ia finalmente perder peso, poupar mais, deixar de fumar, ler mais livros ou aprender uma nova língua? Janeiro aparece como um quadro em branco, uma nova mão no jogo, uma oportunidade para reescrever a nossa história…

É o momento em que prometemos ser uma versão melhor de nós mesmos: mais saudáveis, mais produtivos, mais felizes. Fazemos listas – reais ou mentais – com metas tangíveis, como ir mais ao ginásio, procurar uma casa maior, arranjar aquela porta que está sempre a ranger.

Mas há também as resoluções subtis, aquelas que nem sempre verbalizamos: perdoar mais, estarmos mais presentes, reclamar menos.

Depois, chega fevereiro…

Tudo parece perfeito, mas depois chega fevereiro, e o ginásio volta a ficar deserto, as contas poupança já não amealham, voltamos a passar demasiado tempo no telemóvel e adiamos tudo aquilo que em janeiro nos parecia já tão perto.

Não é que nos falte entusiasmo! Se nos decidimos a fazer estas listas ambiciosas de objetivos é porque sentimos que o dia 1 de janeiro nos confere uma espécie de superpoderes, ou pelo menos, supervontades. Então, por que razão continuamos a falhar nas nossas resoluções?

Se há algo que aprendemos com o passar dos anos, é que as boas intenções não bastam para mudar hábitos. Então, como quebrar este ciclo anual de promessas  não cumpridas e começar a concretizar aquilo a que nos propomos?

Mudar não é fácil, mas há uma forma de quebrar este padrão. Não se trata apenas de querer mais – trata-se de fazer diferente. Se quer que 2025 seja o ano em que realmente cumpre as suas resoluções, trazemos ideias para o conseguir!


  1. Sonhar, mas com os pés assentes na terra

É maravilhoso sonhar alto, mas talvez “ficar milionário em três meses” não seja o objetivo mais realista para inscrever na sua lista. Por outro lado, decidir “poupar 10% do salário todos os meses” já é algo de exequível. Escolha metas que sejam específicas, mensuráveis e alcançáveis. Troque o “vou ficar em forma” por “vou fazer caminhadas três vezes por semana.” Pequenas mudanças levam a grandes conquistas.

2. Um passo de cada vez

É tentador querer mudar tudo ao mesmo tempo, mas isso é como tentar comer uma pizza inteira de uma só vez – só lhe vai dar azia. Escolha uma ou duas áreas que realmente importem e concentre nelas a sua energia.

Defina os objetivos e estabeleça etapas realistas e concretizáveis. Quer ler mais? Comece por um capítulo por dia. Está a tentar comer de forma mais saudável? Adote uma mudança de cada vez, como reduzir o açúcar, cortar com os fritos ou beber mais água. Avance lentamente, mas com segurança e vá redefinindo novos objetivos mais audazes.

As Resoluções de Ano Novo: Sonhos, Promessas
Foto de Katee Lue na Unsplash

3. Mantenha-se inspirado

Lembre-se constantemente do porquê das suas resoluções. Quer melhorar a saúde para ter mais energia para brincar com os filhos? Vai aprender algo novo para se sentir mais realizado? Sonha com uma melhor gestão do seu tempo para ter mais vida social? Mantenha esses motivos presentes – escreva-os num post-it, numa ardósia, no bloco de notas do telemóvel ou partilhe-os com os mais próximos. Manter presente a inspiração da mudança ajuda a manter o foco e a determinação.

4. Esboce um plano

Boas intenções sem um plano concreto são como andar em círculos e esperar ir parar a um lugar diferente. Se quer poupar dinheiro, defina um orçamento. Caso pretenda aprender algo novo, estabeleça horários fixos para estudar. Se não consegue ir ao ginásio, faça um plano de exercícios em casa. Pense em soluções, não em desculpas e lembre-se que quanto mais detalhado for o plano, maior a probabilidade de sucesso.

As Resoluções de Ano Novo porque não cumprimos as promessas
Imagem de Freepik

5. Partilhe o caminho

Ter alguém ao nosso lado pode fazer toda a diferença. Partilhe os seus objetivos com um amigo, familiar ou encontre um grupo com interesses semelhantes. Apoiar-se na experiência dos outros é tão valioso quanto inspirá-los: vai ver como ter alguém com quem dividir angústias, tentações e hesitações, alivia a carga do caminho e dá uma motivação extra. Além disso, é sempre mais divertido fazer mudanças em boa companhia.

6. Falhar não é o fim

Falhar não é o oposto de sucesso; é parte do processo. Não deixe que um deslize o faça desistir. Todos sabemos que a vida acontece – há semanas caóticas, cansaço, trabalho, imprevistos. Perder um treino ou ceder a uma fatia de bolo não significa que tudo esteja perdido.

Lembre-se: o importante não é a perfeição, mas a consistência. Seja gentil consigo mesmo e volte ao plano assim que possível, sem recriminações ou culpas. Os recomeços não estão reservados ao mês de janeiro, podem acontecer em qualquer dia do ano.

Foto de Anna Shvets: https://www.pexels.com/pt-br/foto/comida-alimento-refeicao-cafe-5257641/

7. Celebre as pequenas vitórias

Mudanças a longo prazo são construídas com pequenos passos, e cada um deles merece ser celebrado. Já deixou de fumar há um mês? Mime-se com algo especial (que não seja regressar aos hábitos que tentou mudar!). As pequenas recompensas ajudam a manter a motivação.

8. Pense em ciclos, não em promessas

O segredo para cumprir resoluções está em compreender que elas não são objetivos fechados, mas etapas de um ciclo maior. Em vez de prometer “vou perder 10 kg”, comprometa-se a adotar um estilo de vida mais saudável e sustentável. Ao encarar cada resolução como parte de um processo contínuo, torna-se mais fácil manter o foco.

Foto de Jill Wellington no Pexels

9. Reinvente o conceito de “resolução”

E se, em vez de encararmos as resoluções de Ano Novo como uma lista de obrigações, as aceitarmos como um convite para nos conhecermos melhor? Cada objetivo pode ser uma oportunidade de crescer, de explorar e de aprender – não algo para nos fazer sentir culpados e em falha permanente.

Já sabemos que este é mais um lugar-comum, mas o que mais importa, de facto, não é a perfeição, mas o progresso. Por isso, não se trata de quantas resoluções foram concluídas, mas de quem nos tornamos ao tentar alcançá-las.

E se este é um momento cheio de possibilidades – propomos que a primeira resolução para este novo ano seja reinventar o conceito de “resolução”.

Faça menos promessas e mais planos, deixe de lado os números fechados, abra-se à aventura das novas possibilidades. Tente lembrar-se de quem sonhava ser e invista naqueles pequenos grandes nadas que podem ser a diferença na sua vida e na dos outros.

O mais importante é lembrar-se que o verdadeiro recomeço pode acontecer em qualquer momento do ano!

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