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Rendas de escritórios “prime” aumentam em todo o mundo
Julho 31, 2024 · 9:36 am
Imagem de yanalya no Freepik
As rendas de escritórios prime aumentaram 3% no ano passado em algumas das maiores cidades do mundo (entre o segundo trimestre de 2023 e o segundo trimestre de 2024), segundo o mais recente relatório da Savills “Prime Office Costs”.
Os custos efetivos líquidos “all-in” dos inquilinos (renda mais custos de adaptação) cresceram 3,8%, enquanto se mantém a tendência estrutural para a procura de espaços de escritório premium de alta qualidade.
Londres (West End), Hong Kong e Nova Iorque (Midtown) são as localizações mais caras dos 35 mercados analisados pela Savills, em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
As rendas dos espaços de escritórios prime são agora, em média, 31,4% superiores às dos escritórios “Grade A” em diversos mercados globais, sendo que a América do Norte assinala o valor mais elevado com 62,5% acima do stock “Grade A”.
94% dos inquilinos renovaram ou ampliaram áreas
A tendência é global, segundo o relatório, “os inquilinos que alteraram os seus requisitos nos primeiros seis meses de 2024 continuaram a expandir ou a manter a quantidade de espaço”. O estudo complementar Market Makers da Savills, que analisa os 10 principais negócios de inquilinos de escritórios prime por tamanho nas mesmas 35 cidades, concluiu que apenas 6% desses negócios envolveram empresas que diminuíram a sua área de escritórios, enquanto 94% optaram por ampliar ou renovar dimensão atual.
Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills, afirma: “Em Portugal, as rendas prime continuarão a crescer devido a dois fatores principais: a tendência de ‘flight to quality’ e a falta de oferta de qualidade nas zonas centrais, onde a taxa de disponibilidade é de cerca de 5%. Este crescimento é sustentado pelos sólidos fundamentos do nosso mercado, que é considerado “um bom local para investir, mas também um ótimo lugar para viver e aproveitar.”
Já Kelcie Sellers, Associate Director da Savills World Research team, alerta que “o aumento dos custos de adaptação e a incerteza macroeconómica poderão pairar no pano de fundo das decisões imobiliárias num futuro próximo. As concessões aos proprietários provavelmente continuarão a favorecer os inquilinos em mercados onde a disponibilidade permanece elevada, mas em mercados com oferta limitada, esperamos que as concessões comecem a cair e as rendas aumentem.”