Dinheiro
Rendas das casas em Lisboa estabilizam após dois trimestres de descida
Maio 6, 2024 · 4:31 pm
Foto de Filiz Elaerts na Unsplash
Nos três primeiros meses do ano, as rendas das casas dos novos contratos de arrendamento em Lisboa registaram uma variação de 0,4% face ao trimestre anterior, segundo o Índice de Rendas Residenciais apurado pela Confidencial Imobiliário.
A estabilização acontece depois de dois trimestres de decréscimo no valor das rendas residenciais mantendo o mercado no registo de contenção que verifica desde meados de 2023.
Rendas a baixar desde 2023
Recorde-se que, na segunda metade de 2021, as rendas na capital iniciaram a recuperação das perdas registadas durante a pandemia, e, desde então, as subidas chegaram a atingir os 10%, ficando sempre acima dos 4.0%.
Face aos níveis de crescimento que provocaram aumentos de 30% no espaço de um ano, naturalmente, os novos contratos tenderam a baixar bastante os incrementos. Assim, no 3.º trimestre de 2023, pela primeira vez em dois anos, as rendas dos novos contratos diminuíram, com uma variação trimestral de -0,5%. No 4.º trimestre não só se confirmou a tendência de queda como esta se acentuou, registando rendas 2,2% inferiores às do trimestre anterior.
A estabilização agora registada consolida a tendência de arrefecimento especialmente visível na taxa de variação homóloga. No 1.º trimestre de 2024, as rendas dos novos contratos cresceram 3,1% face a igual período de 2023. Esta taxa compara com a de 8,7% registada apenas um trimestre antes e com a 28,9% registada há um ano.
Porto com variação trimestral de 0,4%
No Porto, as rendas dos novos contratos tiveram, de igual modo, uma variação trimestral de 0,4% nos três primeiros meses de 2024, consolidando a desaceleração observada no último ano.
Desde o início de 2023 que as rendas praticadas nos novos contratos de arrendamento crescem a um ritmo mais lento a cada novo trimestre, com subidas que passaram dos 3,0% a 4,0% nos três primeiros trimestres, para 0,9% no último trimestre do ano, com nova quebra para 0,4% neste arranque de 2024.
Estes valores resultam numa compressão de quase 18 pontos percentuais na taxa de variação homóloga. Ou seja, enquanto no 1.º trimestre de 2023 as rendas acumulavam um aumento anual de 27,1%, no 1.º trimestre deste ano, esse indicador recuou para 9,5%.