Dinheiro

Rendas de novos contratos com subida de 11,1% no 2.º trimestre

Setembro 26, 2024 · 3:50 pm
Imagem de Dalila Moreira no Unsplash

A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação aumentou 11,1% no segundo trimestre em termos homólogos, para 8,08 euros por metro quadrado, acelerando face à subida de 10,7% do trimestre anterior, segundo o INE.

Segundo os dados provisórios das “Estatísticas de Rendas da Habitação ao Nível Local” publicadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em cadeia, face ao primeiro trimestre de 2024, a renda mediana aumentou 8,2%.

De abril a junho, o número de novos contratos de arrendamento foi maior do que o registado no mesmo trimestre de 2023 (20.750 novos contratos), representando um aumento da atividade de arrendamento de 6,9%.

Rendas nos Açores e Alto Alentejo diminuem

Em relação ao trimestre homólogo de 2023, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões NUTS III, com exceção da Região Autónoma dos Açores (-2,8%) e do Alto Alentejo (-0,3%).

As sub-regiões Alentejo Litoral (28,5%), Região Autónoma da Madeira (27,6%) e Alentejo Central (22,2%), destacaram-se com as maiores variações homólogas, superiores a 20%.

Das seis sub-regiões NUTS III com valores medianos de rendas superiores ao nacional, apenas a Grande Lisboa (9,7%) registou uma variação homóloga inferior à observada para o conjunto do país (11,1%).

As rendas mais elevadas registaram-se na Grande Lisboa (12,99 €/m2), na Região Autónoma da Madeira (10,26 €/m2), na Península de Setúbal (10,07 €/m2), no Algarve (9,52 €/m2), na Área Metropolitana do Porto (8,89 €/m2) e no Alentejo Litoral (8,52 €/m2).

De abril a junho, o INE aponta também um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando o Funchal (37,5%) com a maior variação homóloga e Lisboa com a maior renda mediana (16,00 €/m2), embora com uma taxa de variação homóloga (5,1%) inferior à nacional (11,1%).

Em relação ao trimestre anterior, a renda mediana diminuiu no Alto Alentejo (-7,8%), em Terras de Trás-os-Montes (-7,4%) e na Região Autónoma dos Açores (-5,3%).

Em sentido inverso, o maior aumento da renda mediana por m2 de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares registou-se na sub-região Alentejo Litoral (29,9%), sendo que também as seguintes sub-regiões apresentaram acréscimos no valor das rendas: Área Metropolitana do Porto (9,5%), Península de Setúbal (7,8%) e Grande Lisboa (7,2%).

Municípios mais populosos com rendas acima da média

No segundo trimestre deste ano, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa e da Península de Setúbal registaram rendas medianas superiores à nacional (8,08 €/m2), mas taxas de variação homóloga diferenciadas.

Deste conjunto, o INE destaca, com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e aumento homólogo do valor das rendas inferior ao do país (11,1%), os municípios de Lisboa (16,00 €/m2 e 5,1%), Cascais (15,38 €/m2 e 9,9%), Oeiras (13,33 €/m2 e 0,8%), Amadora (11,56 €/m2 e 4,8%) e Sintra (10,02 €/m2 e 9,6%), pertencentes à Grande Lisboa.

Na Área Metropolitana do Porto, os municípios do Porto (12,85 €/m2 e 7,5%), Vila Nova de Gaia (9,52 €/m2 e 10,7%) e Maia (8,31 €/m2 e 5,3%) registaram rendas medianas superiores à referência nacional e variações homólogas inferiores.

Nesta sub-região, apenas os municípios de Matosinhos (11,11 €/m2 e 14,9%) e Santa Maria da Feira (5,81 €/m2 e 12,6%), apresentaram taxas de variação homóloga superiores à do país, embora este último município tenha registado um valor mediano de renda inferior.

Entre os restantes municípios com mais de 100 mil habitantes, apenas o Funchal (12,33 €/m2 e 37,5%) apresentou um valor mediano de renda e uma taxa de variação homóloga superiores às referências nacionais.

Coimbra (8,13 €/m2 e 7,0%) registou também uma renda mediana superior à do país, mas uma variação homóloga inferior.

O INE indica ainda que 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes apresentaram taxas de variação homóloga do número de novos contratos superiores à nacional (6,9%), destacando-se o Funchal (40,0%) e Leiria (25,4%) com as maiores variações.

Por outro lado, o número de novos contratos diminuiu nos municípios de Oeiras (-1,9%) e Guimarães (-1,7%).

Fonte: Lusa

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