Créditos

Quanto pesaram os juros na sua prestação da casa em 2024

Janeiro 20, 2025 · 5:53 pm
Foto de Jakub Zerdzicki no Pexels

Em 2024, a taxa de juro média anual implícita nos contratos de crédito à habitação foi de 4,372%, face aos 3,612% no ano anterior, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).  A prestação média anual aumentou 42 euros (11,5%) chegando aos 404 euros.

Apesar de a média anual ainda evidenciar os valores elevados, mantém-se a tendência de descida verificada a partir da segunda metade do ano.

No mês de dezembro, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu para 4,091%, uma descida de 9,5 pontos base (p.b.) face a novembro (4,186%), o que significa que os bancos estão a aplicar juros ligeiramente mais baixos aos créditos já existentes.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro também caiu, passando de 3,423% em novembro para 3,349% em dezembro.

Prestação média estabiliza

A prestação média manteve-se nos 403 euros, 3 euros acima do registado em dezembro de 2023.

Nos contratos recentes, a prestação também se manteve igual a novembro: 632 euros. A estabilização deve-se ao equilíbrio entre as descidas nas taxas de juro e os aumentos no capital em dívida.

O valor médio do capital em dívida aumentou 341 euros, fixando-se em 68 470 euros para todos os contratos. Durante 2024, este aumento foi mais significativo: 3 050 euros em relação a 2023, chegando a 66 508 euros de capital médio.

Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 140.135 euros, mais 267 euros do que em novembro.

Mais de metade da prestação são juros

Em dezembro, 57% da prestação média dos contratos antigos foi para o pagamento de juro. Isso significa que uma parte considerável do orçamento familiar alocado ao crédito é consumida por juros, o que pode limitar a capacidade de poupança ou de investimento. Apesar do valor elevado, o peso dos juros correspondia, em dezembro de 2023, a 61% da prestação média do crédito à habitação, enquanto essa proporção era de 33%, em 2022.

As descidas recentes nas taxas de juro são boas notícias, mas o aumento do capital em dívida e a pressão dos juros nas prestações continuam a desafiar os orçamentos familiares.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação reflete a relação entre os juros totais vencidos no mês de referência e o capital em dívida no início desse mês (antes de amortização).

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