A prestação da casa paga aos bancos destina-se, em grande parte, ao pagamento de juros e não à amortização dos créditos. No último mês, os juros representaram 61% da prestação média, quando em janeiro de 2023 representavam 36%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A prestação média foi de 404 euros no primeiro mês de 2024, o máximo desde o início da série (em janeiro de 2009), um aumento de quatro euros face a dezembro de 2023 e de 89 euros comparando com janeiro de 2023, ou seja, um aumento mensal de 1%, tal como no mês anterior.
Em sentido inverso, nos contratos celebrados no último trimestre, o valor médio da prestação desceu 12 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 639 euros em janeiro deste ano, um aumento de 20,3% face ao mesmo mês do ano anterior.
Taxa de juro desce nos novos contratos
Em janeiro, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 4,657%, o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 6,4 pontos base face a dezembro. Já nos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro voltou a descer de 4,342% em dezembro para 4,315% em janeiro.
O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 193 euros, para 64.790 euros.
A subida das taxas de juro do Banco Central Europeu tem influenciado as Euribor levando a que as famílias com créditos à habitação paguem mais pelo empréstimo para a compra de casa.