Créditos

Quanto paga de juros na sua prestação da casa?

Outubro 20, 2025 · 9:45 am
Imagem de Freepik

As taxas de juro do crédito à habitação continuam em trajetória descendente. Em setembro, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 3,228%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de uma diminuição de 7,9 pontos base face a agosto (3,307%) e de uma redução acumulada de 1,43 pontos percentuais desde o máximo registado em janeiro de 2024 (4,657%).

Esta evolução confirma uma tendência de descida que se mantém há vários meses, acompanhando o abrandamento das taxas Euribor, que servem de referência à maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal. Mas qual o impacto real desta tendência na prestação das famílias?

Peso dos juros nas prestações abaixo dos 50%

Em setembro, o valor médio da prestação mensal da casa fixou-se em 393 euros, menos um euro do que no mês anterior e 11 euros abaixo de setembro de 2024, segundo o INE.

A principal novidade está na composição dessa prestação: pela primeira vez desde maio de 2023, o peso dos juros baixou para menos de metade da prestação total: representam agora 49,6% (195 euros), enquanto a parte destinada à amortização do capital em dívida subiu para 50,4% (198 euros).

Esta inversão, ainda que simbólica, é significativa e demonstra como a redução das taxas devolve algum equilíbrio às finanças das famílias.

Impacto varia conforme o momento do contrato

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita também registou uma ligeira quebran, fixando-se em 2,873% (menos 1 ponto base face a agosto).

No entanto, a prestação média destes contratos é significativamente mais alta: 666 euros, mais 15 euros que no mês anterior e 7,1% acima de setembro de 2024.

A explicação está no montante médio dos empréstimos, muito superior nos novos contratos. Em setembro, o capital médio em dívida destes contratos atingiu 163 761 euros, mais 2 440 euros que em agosto. Para o conjunto de todos os contratos, o valor médio em dívida situou-se em 73 496 euros, mais 634 euros que no mês anterior.

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