Habitação
Quais as zonas de Lisboa onde os estrangeiros mais compram casa?
Novembro 15, 2023 · 12:45 pm
Imagem de Wirestock no Freepik
A compra de habitação na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU) está em queda e a tendência é observada tanto em compradores estrangeiros como nacionais, de acordo com a Confidencial Imobiliário.
No primeiro semestre de 2023, os internacionais adquiriram 770 imóveis residenciais, na ARU, num total de €442,9 milhões. Estes valores representam uma descida de 19% em número de imóveis e de 18% em montante.
Já os compradores nacionais foram responsáveis pela aquisição de 1.630 imóveis residenciais, perfazendo €673,1 milhões. Esta atividade traduz quebras de 22% e 13%, respetivamente.
Estrangeiros mais longe do centro histórico
Há um interesse crescente por parte dos compradores internacionais pelas zonas mais afastadas do centro histórico da capital. Este é uma das tendências verificadas pela Confidencial Imobiliário, no âmbito da análise às dinâmicas de investimento imobiliário na ARU de Lisboa, feita com base nos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa.
Estrela e Arroios foram as freguesias em que os estrangeiros mais compraram casa nos primeiros seis meses de 2023. Representam cerca de 13% das transações. Superaram Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, com cerca de 80 operações cada, ou seja, 10% das transações.
Apesar disso, as zonas mais afastadas do centro histórico evidenciam um crescimento bastante expressivo. As freguesias com maior crescimento no número de transações foram Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, mas também Alcântara, Areeiro e Alvalade, com registos semestrais superiores a 50%.
Investidores de 58 nacionalidades
Em suma, nos primeiros seis meses do ano, foram transacionados 3.150 imóveis residenciais, na ARU de Lisboa, no valor total de €1.578 milhões.
As compras de imóveis foram efetuadas por investidores de 58 países estrangeiros, destacando-se os franceses e norte-americanos (10% cada das aquisições por internacionais). Os britânicos representam 6%, os chineses 5% enquanto brasileiros e italianos têm uma quota de 3% cada.
Os particulares adquiriram 76% dos imóveis. Os compradores estrangeiros realizaram 24% destas aquisições, enquanto os nacionais garantiram 52%. Os restantes 24% dizem respeito a aquisições feitas por empresas, para as quais não está segmentada a nacionalidade.
A ARU de Lisboa abrange todas as freguesias da cidade à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações.