Créditos
Prestação média dos empréstimos baixa pela primeira vez desde 2021
Maio 3, 2024 · 12:41 pm
Foto de Uriel Soberanes na Unsplash
A prestação média mensal do crédito à habitação caiu em março para 423 euros, menos 3 euros do que em fevereiro, naquela que foi a primeira descida desde dezembro de 2021, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal.
“Este foi o primeiro mês desde o início da série estatística, em dezembro de 2021, no qual se verificou uma diminuição da prestação média mensal”, refere o BdP.
Apesar da descida na prestação média mensal, o valor médio de março (423 euros) significa um aumento de 62 euros face a março de 2023, quando a prestação média mensal se fixava nos 361 euros. Comparando com o mesmo mês de 2022, o aumento é de 138 euros, pois o valor médio era de 285 euros.
Nos últimos dois anos, as prestações dos créditos à habitação têm acompanhado o rápido aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), num mercado bancário em que a maioria dos contratos são a taxa de juro variável.
Contudo, com a ligeira quebra das taxas Euribor e a perspetiva de cortes das taxas diretoras pelo BCE espera-se que este alívio nos empréstimos continue a acontecer de forma moderada. Os analistas preveem que, no final do ano, a Euribor esteja em torno dos 3%.
Taxa mista representa 74% dos novos contratos
Em março, os novos contratos de crédito à habitação foram maioritariamente a taxa mista, rondando 74% do total. Há um ano, no mesmo mês, este valor era de apenas 18%. A taxa mista implica uma taxa de juro fixa, no período inicial do contrato, passando a variável no restante tempo. Os aumentos nas taxas de juro têm levado os clientes a optar cada vez mais por taxas mistas.
Já as taxas fixas continuam a ser uma opção residual, aplicada em apenas 4% dos créditos, em março.
Nos que respeita às amortizações antecipadas de crédito à habitação, estas representaram 0,88% do stock de empréstimos em março, ainda abaixo dos 0,91% de fevereiro.
Pelo terceiro mês consecutivo, houve uma diminuição das amortizações antecipadas, sendo que 91% destas foram amortizações antecipadas totais, o que inclui os contratos terminados por pagamento total da dívida, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito.