Habitação

Preços das casas desaceleram no início do ano exceto em Lisboa

Julho 13, 2023 · 2:56 pm
Imagem de Rudy and Peter Skitterians no Pixabay

No primeiro trimestre do ano houve uma desaceleração nos valores do metro quadrado (m2) das casas em Portugal, com os preços da habitação a aumentar 7,6%, para 1.565 euros/ m2. Porém, em Lisboa, houve uma aceleração dos preços e o crescimento foi superior à média do país, o que não acontecia desde 2020, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, 14 registaram uma desaceleração dos preços por m2; contudo, nas áreas metropolitanas, na quase maioria dos municípios, o aumento de preços foi superior à média nacional.

Algarve, Lisboa, Porto e Madeira superam média nacional

“No período em análise, o Algarve (2.609 euros/m2 e +16,6%), a Área Metropolitana de Lisboa (2.288 euros/m2 e +15,2%), e a Área Metropolitana do Porto (1.728 euros/m2 e +11,1%) registaram, simultaneamente, valores medianos de habitação e taxas de variação homóloga superiores aos do país”, refere o INE, que acrescenta que o valor mediano da Região Autónoma da Madeira “também foi superior ao nacional (1.697 euros/m2), embora a taxa de variação homóloga (+7,0%), tenha sido inferior”.

Estas três sub-regiões com preços medianos da habitação mais altos foram também aquelas que apresentaram valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (2.450 euros/m2, 2.251 euros/m2 e 1.701 euros/m2, respetivamente) e estrangeiro (3.003 euros/m2, 3.832 euros/m2 e 2.923 euros/m2).

Estrangeiros compram 70% mais caro

Os dados revelam ainda que o preço médio das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal estrangeiro superou em 71,8% e 70,2% o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, respetivamente.

O INE destaca que as sub-regiões NUTS III da Lezíria do Tejo (17,5%), Leiria (15,9%) e Cávado (15,6%) apresentaram taxas de variação dos preços medianos homólogas superiores a 15%, enquanto as sub-regiões Beira Baixa (-13,5%), Baixo Alentejo (-13,3%), Viseu Dão Lafões (-6,5%), Terras de Trás-os-Montes (-2,8%) e Alto Tâmega (-2,6%) “registaram diminuições homólogas dos preços da habitação no 1.º trimestre de 2023”.

O Alto Alentejo, à semelhança de trimestres anteriores, apresentou o preço médio de venda de alojamentos familiares mais baixo, que se cifrou em 526 euros por metro quadrado.

Municípios mais populosos têm preços mais altos

Nos primeiros três meses do ano, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto – exceto Santa Maria da Feira e Gondomar – registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional, “destacando-se Lisboa (4.103 euros/m2), Cascais (3.760 euros/m2) e Oeiras (3.156 euros/m2), com valores superiores a 3.000 euros/m2”.

Nos municípios fora destas duas áreas metropolitanas, apenas o Funchal apresentou “simultaneamente um preço mediano (2.233 euros/m2) e crescimento homólogo (13,3%), superiores ao nacional”.

Fonte: Lusa/ Redação

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