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Preços da habitação subiram 9,8% no terceiro trimestre

Dezembro 26, 2024 · 12:07 pm
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O crescimento homólogo do Índice de Preços da Habitação (IPHab) acelerou para 9,8% no terceiro trimestre, mais 2,0 pontos percentuais do que no trimestre anterior, anunciou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em comunicado, o INE refere que, no terceiro trimestre, o crescimento dos preços das habitações existentes foi superior ao observado nas habitações novas, que se fixaram em 10,5% e 8,1%, respetivamente.

Face ao trimestre anterior, o IPHab aumentou 3,7%, contra 3,9% no segundo trimestre de 2024.

A taxa de variação do índice relativo aos alojamentos existentes (3,8%) também superou a dos alojamentos novos (3,3%).

Transações crescem mais de 19%

Entre julho e setembro de 2024 realizaram-se 40.909 transações de alojamentos, o que representa um aumento de 19,4% face ao mesmo trimestre de 2023.

Nos meses referidos, o valor das transações aproximou-se dos 9.100 milhões de euros, mais 28,0% do que no mesmo trimestre de 2023.

O INE afirma ainda que no terceiro trimestre se venderam 35.462 habitações (86,7% do total) a compradores pertencentes ao setor institucional das famílias, pelo valor de 7.700 milhões de euros (85,4% do total).

Menos compradores estrangeiros

No mesmo trimestre, os compradores com um domicílio fiscal fora do território nacional adquiriram 2.655 habitações, o que representa uma redução de 3,1% face ao mesmo período de 2023.O INE indica ainda que no terceiro trimestre de 2024 se transacionaram 12.407 habitações no Norte e 7.949 na Grande Lisboa e que estas duas regiões, no seu conjunto, representaram 49,7% do total das transações, o que constituiu a percentagem mais elevada desde o primeiro trimestre de 2021.

Além destas duas regiões, a Península de Setúbal, com um total de 3.938 transações, foi a outra região a apresentar um acréscimo homólogo no respetivo peso relativo, mais 0,5 pontos percentuais, representando 9,6% do universo de transações.

No Centro venderam-se 6.497 habitações, 15,9% do total, traduzindo-se numa redução homóloga de 0,2 pontos percetuais, afirma o INE, que adianta que Oeste e Vale do Tejo e Algarve, com 3.712 e 2.787 transações, respetivamente, registaram, tal como o Centro, reduções nas respetivas quotas.

As transações de habitações localizadas no Alentejo fixaram-se em 1.947 unidades, 4,8% do total, menos 0,4 pontos percentuais do que no mesmo período de 2023.

A Região Autónoma da Madeira, com um total de 977 transações, concentrou 2,4% do total de transações, um decréscimo de 0,2 pontos percentuais no respetivo peso relativo.

Na Região Autónoma dos Açores transacionaram-se 695 habitações, o que correspondeu a uma quota regional de 1,7%, menos 0,1 pontos percentuais do que no período homólogo.

Número de transações aumenta em todas as regiões

No terceiro trimestre, todas as regiões apresentaram um crescimento homólogo do número e do valor das transações de alojamentos, tendo o mesmo excedido a média nacional, na Grande Lisboa, na Península de Setúbal e no Norte.

Assim, relativamente ao número de transações, a Grande Lisboa, a Península de Setúbal e o Norte registaram taxas de variação de 27,9%, 27,0% e 20,3%, respetivamente. Em valor, as referidas regiões, aumentaram 31,3%, 40,4% e 31,6%, pela mesma ordem.

No trimestre de referência, o número de transações na região do Oeste e Vale do Tejo aumentou 16,8% em termos homólogos, enquanto em valor o crescimento foi 29,8%.

O INE adianta que, entre julho e setembro de 2024, as restantes regiões apresentaram variações homólogas do número e valor das transações inferiores à média do país.

O Algarve registou o menor aumento no número de transações, 5,4% (14,7% em valor), enquanto o Alentejo apresentou o menor acréscimo no valor das transações, 3,4% (8,9% em número).

Fonte: Lusa

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