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“Pipeline” de novos escritórios na Grande Lisboa mais do que triplica em 2024
Abril 3, 2025 · 10:39 am
Imagem de Admiral_Lebioda from Pixabay
A Grande Lisboa registou um aumento significativo no volume de escritórios submetidos a licenciamento em 2024, com um total de 330.000 m2 distribuídos por 28 novos projetos. Este valor representa um crescimento de 282% face aos 86.500 m2 contabilizados em 2023, ano em que foram licenciados 26 projetos.
Os dados foram apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do Pipeline Imobiliário, um sistema de informação que monitoriza a dinâmica da promoção imobiliária através dos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE. O estudo abrange os concelhos de Lisboa, Cascais, Oeiras, Loures e Sintra.
Lisboa lidera pipeline com 73% da nova oferta
A cidade de Lisboa concentra a maior parte da nova oferta, representando 73% da área projetada. No total, foram licenciados 241.700 m2 em 15 projetos, um crescimento de 200% face ao ano anterior. Apesar da ligeira redução no número de projetos, o aumento expressivo da área reflete a tendência para edifícios de maior dimensão.
Três empreendimentos são responsáveis por quase 80% do pipeline na capital: o maior tem 135.700 m2 de escritórios na freguesia das Avenidas Novas, outro de 27.900 m2 na freguesia do Parque das Nações e, por último, um de 26.500 m2 na freguesia de Santo António.
Entre os restantes 12 projetos, destacam-se dois novos edifícios com cerca de 15.000 m2 cada, localizados nas freguesias de Arroios e Campolide.
Loures e Oeiras registam crescimento expressivo
Loures e Oeiras são os outros dois concelhos com maior volume de investimento em escritórios. Loures contabiliza sete projetos, totalizando 46.100 m2, sendo que 35.600 m2 são de um único empreendimento na União de Freguesias de Moscavide e Portela. Em Oeiras, os quatro projetos em pipeline somam 40.100 m2, com destaque para um edifício de 36.800 m2 na freguesia de Barcarena.
A diferença face a 2023 é notória: no ano passado, Oeiras registou apenas dois projetos com um total de 1.500 m2, enquanto Loures apresentou seis projetos com 7.800 m2.
O crescimento expressivo do pipeline de escritórios na Grande Lisboa reflete uma aceleração da promoção imobiliária neste segmento, consolidando a região como um polo atrativo para o investimento empresarial.