Pedro Maldonado

Head of Developments at C21 Realty Art

Opinião

De periférico se torce o pepino: a importância das cidades médias não está limitada à sua dimensão

13 Janeiro, 2025 · 12:22

Nos últimos anos, a dinâmica do mercado imobiliário português tem demonstrado uma mudança de foco, não tanto por opção, mas por necessidade. O crescimento das cidades periféricas tem sido uma tendência crescente e, embora essas cidades ofereçam uma alternativa viável para a habitação, enfrentam ainda alguns desafios, principalmente no que diz respeito à mobilidade e à conectividade com os centros urbanos principais.

É sabido que as grandes cidades como Lisboa e Porto concentram não apenas empregos, mas também o maior número de ofertas culturais, de serviços, e infraestruturas.

No entanto, cidades como Gondomar, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, ou Barreiro têm experimentado um crescimento substancial, e os motivos são claros: oferecem uma alternativa real à pressão nos grandes centros urbanos, proporcionando habitação a um preço mais moderado e com um estilo de vida menos “acelerado”.


"A aposta na aquisição de habitação nestas cidades, que têm proporcionado uma valorização superior, pode favorecer o incremento da riqueza em património."


Mesmo numa perspetiva de futuro, considerando que em Portugal o principal instrumento de poupança das famílias tem sido a habitação própria, a aposta na aquisição de habitação nestas cidades, que têm proporcionado uma valorização superior, pode favorecer o incremento da riqueza em património.

É evidente a importância das cidades de média dimensão para o equilíbrio e organização do sistema urbano nas nossas regiões.

O reforço do investimento em infraestruturas de transportes, e na fixação de empresas criadoras de riqueza e inovação é imperioso, e permitirá que sejam centros urbanos mais completos, com opções mais acessíveis que nas principais cidades, num mercado residencial que ainda é muito dependente da disponibilidade e custo do crédito.

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