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Ocupação de escritórios na Europa cresce 9% no 2.º trimestre

Setembro 2, 2024 · 4:41 pm
Foto de Brett Sayles no Pexels

A ocupação de escritórios na Europa continua a mostrar sinais de recuperação, com um aumento de 9% no segundo trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior, segundo o mais recente estudo da Savills, “European Office Research”.

Este crescimento eleva a absorção total de espaços de escritórios para 1,6 milhões de metros quadrados no trimestre, culminando num total de 3,7 milhões de metros quadrados ocupados nos primeiros seis meses do ano, representando uma subida de 5% face ao mesmo período em 2023. No entanto, a absorção ainda se encontra 7% abaixo da média dos últimos cinco anos.

 Lisboa regista desempenho superior à média

Lisboa registou um crescimento significativo, com uma taxa de ocupação 40% superior à média dos últimos cinco anos. Este desempenho coloca a capital portuguesa entre as cidades europeias com maior crescimento na ocupação de escritórios, ao lado de Praga, Londres, Barcelona e Madrid, que também superaram as suas médias quinquenais, com variações de 45%, 25%, 11% e 9%, respetivamente.

Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal, sublinha o forte dinamismo do mercado de escritórios em Lisboa: “Os números revelam que Lisboa continua a ser uma cidade de eleição para muitas empresas com grandes planos de crescimento. É de esperar que o mercado na capital continue em grande transformação devido aos vários projetos de qualidade em pipeline.”

Setores financeiro e serviços impulsionam ocupação

O estudo da Savills revela ainda que o setor bancário, segurador e financeiro foi o principal motor da atividade de leasing na Europa durante o primeiro semestre de 2024, representando 25% da ocupação, um aumento de 17% face ao ano anterior.

O setor dos serviços, embora tenha mantido uma presença significativa, viu a sua atividade diminuir para 22%, enquanto o setor tecnológico ocupou 13% do mercado.

 Mercado de investimento enfrenta desafios

Apesar do crescimento na ocupação, o mercado de investimento em escritórios na Europa enfrenta dificuldades, com as transações a cair 21% no primeiro semestre de 2024, totalizando 14,1 mil milhões de euros. Este valor representa uma descida acentuada de 60% em comparação com a média dos últimos cinco anos.

O Reino Unido lidera os investimentos, representando 29% do volume total, uma subida de 24% em relação à média histórica.

A Savills aponta que as elevadas taxas de juro continuam a restringir o volume de transações, com uma estabilização das yields prime em 4,9% durante o segundo trimestre de 2024. Lisboa, juntamente com Bucareste e Copenhaga, registou um movimento reduzido nas yields, enquanto cidades como Oslo e Madrid aparecem como os mercados mais subvalorizados.

 Perspetivas para o futuro

James Burke, Director, Global Cross Border Investment da Savills, destaca uma tendência de ajustamento nos valores de capital dos escritórios, especialmente em mercados como Espanha e Noruega, que começam a mostrar sinais de recuperação nos volumes de investimento. “Em todos os mercados, continua a existir um fosso nas expectativas entre compradores e vendedores, embora este pareça estar a diminuir gradualmente,” refere Burke.

Lisboa, ao apresentar resiliência e potencial de crescimento tanto qualitativo quanto quantitativo, posiciona-se como um mercado atrativo e dinâmico, com diversas oportunidades em perspetiva, especialmente com a continuação dos projetos em pipeline que prometem responder à crescente procura.

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