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Ocupação de escritórios e logística anima mercado no 1.º semestre do ano

Agosto 19, 2024 · 11:05 am
Foto de Scott Webb no Pexels

O crescimento da procura de espaços de escritórios e de logística pelas empresas foi o principal motor do mercado imobiliário na primeira metade do ano, segundo revela o mais recente estudo da JLL, o Market Dynamics.

Em Lisboa, a ocupação de escritórios soma 128.300 m2, o que supera já a atividade de todo o ano passado, enquanto no Porto, o mercado, com 28.400 m2 de take-up, acumula um crescimento de 13%.

Nos primeiros seis meses do ano, o segmento da logística totalizou 415.600 m2 de área ocupada, um aumento de 35% face ao período homólogo.

O estudo revela ainda que o retalho revela um “desempenho robusto quer nos centros comerciais quer no comércio de rua, em linha com o ano passado e dando continuidade ao interesse dos retalhistas internacionais por Portugal”.

Porto cresce na venda de casas

Depois de 2023, ano em que as vendas de casas diminuíram quase 20%, o mercado residencial evidencia uma atividade consistente, superando até as expetativas iniciais. Os preços e rendas da habitação mantêm a sua tendência de aumento devido ao forte impacto causado pelo desequilíbrio entre oferta e a procura.

No semestre em análise, o Porto mostrou melhor desempenho que Lisboa neste segmento, com um aumento no volume de vendas.

Quanto ao investimento em imobiliário comercial, os primeiros seis meses de 2024, somam €675 milhões em transações, uma queda de 18% face ao semestre homólogo, mas é de realçar a recuperação da atividade no 2.º trimestre, período que gerou 59% do volume de investimento semestral.

Carlos Cardoso, CEO da JLL, destaca que “Os mercados ocupacionais de escritórios e logística surpreenderam pela positiva e estão com bons níveis de crescimento, e a habitação e o investimento dão sinais de aceleração no 2.º trimestre. O desempenho deste período mais recente não foi suficiente para compensar o abrandamento do 1.º trimestre, mas a trajetória de evolução destes segmentos é muito animadora”.

Aceleração esperada no segundo semestre

Para o CEO da JLL, o desempenho da economia, a inversão nas políticas de alteração dos juros e o controlo da inflação, bem como a estabilização da conjuntura política são fatores que contribuem para desempenho do mercado imobiliário neste período e que devem produzir efeitos mais robustos na segunda metade do ano.

“Enquanto os escritórios e logística deverão dar continuidade à rota de crescimento já iniciada, no retalho e na habitação, a aceleração deverá ocorrer a partir do verão, num contexto de recuperação de rendimento disponível e aumento do consumo. No investimento também se espera uma reativação da atividade, para níveis equiparados aos do ano anterior, quando as transações ascenderam a €1.800 milhões”, defende Carlos Cardoso.

Em relação aos níveis de valorização e retorno do mercado imobiliário, os indicadores têm-se mostrado bastante consistentes, segundo o estudo. “Sem prejuízo do comportamento mais ou menos expansivo dos diferentes segmentos em termos de volume de transações, em geral, os preços, as rendas e as yields mostram-se muito resilientes, apresentando, em alguns casos, uma tendência de crescimento”. Este é um dos reflexos da falta estrutural de oferta que continua a marcar o ritmo do imobiliário português.

O relatório da JLL identifica ainda 262.700 m2 de escritórios novos em construção em Lisboa e outros 112.100 m2 no Porto, enquanto no setor de industrial e logística se encontram em construção 450.000 m2. Por outro lado, também se antecipa que o segundo semestre de 2024 seja marcado pela crescente necessidade de modernização do edificado existente, adaptando-o aos novos requisitos de sustentabilidade.

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