Créditos

Novos empréstimos a particulares recuaram 730 ME em abril

Junho 5, 2023 · 3:47 pm
Foto de Daniel Seßler no Unsplash

Os bancos emprestaram, em abril, menos 730 milhões de euros a particulares do que em março, num total de 1.793 milhões de euros, a uma taxa de juro média de 5,07%, de acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP).

Esta diminuição foi transversal a todas as finalidades de crédito (habitação, consumo e outros fins), esclarece o BdP, “refletindo um menor dinamismo do mercado de crédito relativamente ao observado nos meses anteriores”.

Por segmentos, a mesma informação indica que os montantes de novos empréstimos se cifraram nos 1.269 milhões de euros na habitação (1.797 milhões de euros em março), nos 380 milhões de euros no consumo (529 milhões de euros em março) e nos 144 milhões de euros no crédito para outros fins (contra 197 milhões de euros em março).

Os bancos concederam às empresas um total de 1.531 milhões de euros em abril, menos 775 milhões de euros do que em março.

Crédito ao consumo com taxas mais altas dos últimos 8 anos

As taxas de juro médias dos novos empréstimos subiram em todas as finalidades. Quanto ao crédito destinado à habitação, este teve um aumento “de 3,86% em março para 3,97% em abril”. Na zona euro a taxa de juro média destes empréstimos foi de 3,48%.

No crédito ao consumo, a taxa de juro média dos novos empréstimos chegou aos 8,69% em abril, contra 8,43% em março, enquanto no crédito para “outros fins”, a taxa média aumentou de 5,04% em março para 5,18% em abril, em ambos os casos as taxas “mais elevadas dos últimos oito anos”, salienta o BdP.

Na zona euro a média da taxa de juro nas novas operações de crédito ao consumo foi de 7,51% em abril. As novas operações de empréstimos incluem novos empréstimos, transferências de empréstimos entre bancos e renegociações não associadas a situações de incumprimento.

Reembolsos antecipados de crédito habitação recuam

Ainda segundo os dados divulgados pelo BdP, os reembolsos antecipados de empréstimos para habitação própria e permanente recuaram em abril para 0,59% do ‘stock’ deste tipo de crédito, depois de em março terem atingido 0,77%.

Um decréscimo motivado pelo recuo quer dos “reembolsos totais antecipados”, que diminuíram de 0,61% do ‘stock’, em março, para 0,44% em abril; quer dos reembolsos antecipados parciais (de 0,17% para 0,14%), ainda que “estes últimos permaneçam em valores acima dos verificados em 2022”.

Recorde-se que, desde o final do ano passado e até 31 de dezembro de 2023, vigora a medida de mitigação do impacto da forte subida dos juros que inclui a suspensão do pagamento de comissões aos bancos em caso de amortização antecipada, total ou parcial, do empréstimo da casa.

Por outro lado, o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) veio também permitir o reembolso antecipado de PPR e PPR/E sem penalizações e limite de valor quando o mesmo se destine a amortizar antecipadamente parte ou a totalidade do empréstimo da casa.

Fonte: Lusa/ Redação

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