Habitação

Milhares saíram à rua pelo direito à habitação

Setembro 30, 2024 · 9:53 am
Imagem de José Eduardo Andrade no Facebook da Plataforma Casa Para Viver/2023

Pelo menos 22 cidades portuguesas mobilizaram-se este sábado em manifestações pelo direito à habitação numa iniciativa organizada pela plataforma Casa para viver. Lisboa, Porto, Almada, Braga, Guimarães, Aveiro, Faro, Portimão, Lagos, Leiria, Santarém, Coimbra, Viseu, Funchal, Ponta Delgada, Viana do Castelo, Covilhã, Évora, Beja, Vila Nova de Santo André, Guarda e Portalegre são as cidades que acolheram as manifestações pelo direito à habitação.

O combate à especulação imobiliária é uma das prioridades dos manifestantes, reforçando a necessidade de colocar a uso, “com preços sociais”, os imóveis devolutos do Estado, dos grandes proprietários, fundos e empresas, assim como o aumento de habitação pública.

A plataforma Casa Para Viver junta mais de cem organizações e já mobilizou milhares de pessoas nas ruas de várias cidades em três manifestações (junho e setembro de 2023 e janeiro deste ano) -, o novo Governo, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, “está bastante comprometido com aquilo que é o negócio imobiliário”.

“Os preços e as rendas das casas continuam a subir, a sobrelotação aumenta, assim como as barracas, as pessoas em situação de sem-abrigo e os despejos. A maior parte do nosso salário, senão todo (e muitas vezes este já não chega!), é gasta a pagar a casa. Desta forma, é inevitável que a pobreza aumente”, referem os organizadores.

Milhares saem à rua em Lisboa e Porto

Milhares de pessoas juntaram-se na Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, para exigir “casa para viver” e o cumprimento do direito à habitação, constitucionalmente consagrado, criticando a intervenção do atual Governo.

André Escoval, do movimento Porta a Porta, disse que “está pior ter casa para viver” e a manifestação pretende dizer ao Governo que é preciso medidas para baixar os preços da habitação, através de regulação e de “pôr em causa” os interesses dos proprietários e da banca.

“Isto vai ser uma grande ação de luta”, afirmou André Escoval, acusando o Governo de estar “refém” dos interesses dos proprietários e da banca e esperando que haja disponibilidade para serem ouvidos pelo atual executivo.

No Porto, cerca de cinco mil pessoas manifestaram-se na Praça da Batalha, Rua de Santa Catarina e Aliados, no Porto, para reivindicar o direito à habitação, entoando palavras de ordem como “Paz, pão, saúde, habitação”.

As palavras de ordem mais gritadas alto e bom som variavam entre “Estabilidade sim, despejos não”, “Baixa prestação, subam os salários”, “Queremos teto queremos chão”, “Porto escuta, o povo está na luta”, “Abril exige casa para viver”, “Defender com afinco o artigo 65”, “Estamos fartos de escolher: pagar a renda ou comer”, “Eu não aguento mais viver na casa dos meus pais”, ou “Baixem as rendas, prolonguem os contratos”.

A última manifestação pelo direito à habitação, a 27 de janeiro, mobilizou 19 cidades.

Fonte: Lusa/Redação

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