Mercado de escritórios de Lisboa e Porto regista forte dinamismo

No mês de fevereiro, o mercado de escritórios em Portugal apresentou uma notável dinâmica, com os níveis de absorção a mais do que triplicar tanto em Lisboa como no Porto. De acordo com os dados divulgados pela JLL no âmbito do relatório mensal Office Flashpoint, o mercado da capital é aquele onde a retoma da ocupação é mais evidente, estando muito próxima da barreira dos 50.000 m2 a um mês do final do trimestre.

Em Lisboa, a atividade atingiu níveis excecionais, com 18 operações concretizadas, totalizando uma ocupação de escritórios de 42.300 m², seis vezes superior ao mesmo período do ano anterior.  A mudança da sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o edifício WELL BE, no Parque das Nações, contribuiu significativamente para estes resultados, envolvendo uma área de 26.700 m².

Outras operações de grande dimensão também se destacaram, como a instalação da Monday by Urbania no Marquês de Pombal (3.850 m²) e uma operação de tomada de 2.240 m² na zona 4. O setor dos Serviços Financeiros liderou do lado da ocupação, representando 64% da absorção mensal, enquanto as vendas de espaços corresponderam a 63% da ocupação, com o arrendamento a contribuir apenas com 35%.

Nos dois primeiros meses de 2024, Lisboa já registou uma ocupação de 49.060 m², com 30 operações concluídas. Mais de metade dessa área transacionada encontra-se no Parque das Nações (zona 5), evidenciando o dinamismo deste setor na capital portuguesa. O setor dos Serviços Financeiros foi o grande motor da procura, garantindo 60% da ocupação total.

Por sua vez, o mercado de escritórios do Porto também registou uma performance positiva em fevereiro, com uma ocupação de 4.850 m², crescendo 233% em relação a janeiro e 27% em termos homólogos. Das cinco operações concretizadas, quatro foram assessoradas pela JLL, totalizando 98% da ocupação mensal.

Destaca-se a Zona Empresarial do Porto, que acolheu 57% da ocupação, impulsionada pela instalação de duas novas entidades no ICON Offices. Estas duas operações foram assessoradas pela JLL, que também foi a consultora responsável pela colocação da i-Charging numa área de 1.730 m² no Marechal 50 (zona 1), naquele que foi o maior negócio até à data. O setor das TMT’s & Utilities foi o mais dinâmico em termos de procura, assegurando a tomada de 98% do espaço transacionado neste mês.

Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, comentou os resultados, afirmando: “Os resultados de fevereiro vêm confirmar as nossas projeções para este início de ano, com o mercado de Lisboa a liderar claramente este movimento de retoma da procura; o que não surpreende, uma vez que também foi na capital que a ocupação mais travou em 2023. Estamos otimistas para 2024 e confiantes na evolução da ocupação em ambas as cidades, que deverão aproximar-se da média anual dos últimos anos”.