Habitação

Mais projetos para habitação no 1.º trimestre do ano

Junho 4, 2024 · 3:45 pm
Foto de Matthew Hamilton na Unsplash

Nos primeiros três meses do ano, deram entrada nas autarquias de Portugal Continental pedidos de licenciamento para um total de 5.200 novos projetos de habitação, num total de 14.850 fogos, avança a Confidencial Imobiliário. Estes números refletem um crescimento de 15%, face a 2023, ano em que a média de pedidos de licenciamento por trimestre foi de 12.950 fogos.

A promoção residencial mantém, deste modo, a tendência de aceleração verificada em 2022 e 2023, anos que registaram subidas anuais de 17% e 18%, respetivamente, no número de habitações em pipeline.

Licenciamento não acompanha intenção de investimento

Estes números mostram um acréscimo das intenções de investimento em nova promoção residencial, contudo, o ritmo de licenciamentos está bastante longe de acompanhar a dinâmica desta nova oferta projetada. De facto, em 2023 por cada fogo licenciado deram entrada pedidos para o licenciamento de 1,7 novos fogos, um rácio que se agravou ainda mais neste primeiro trimestre, com um fogo licenciado para cada 2,2 novos com pedido de licenciamento, afirma Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.

 “Continua a haver um desfasamento importante entre o investimento projetado e a capacidade de concretização desses investimentos, num contexto que mantém o fluxo de oferta disponível sob pressão e que, de acordo com os inquéritos realizados junto do setor da promoção, continua a dever-se muito à morosidade dos licenciamentos”, acrescenta.

Construção nova representa 83% do pipeline

A construção nova continua a ser dominante, representando 83% dos fogos em pipeline no país, com um total de 12.250 habitações. Os restantes 17%, correspondentes a 2.600 fogos, dizem respeito a obras de reabilitação.

Quanto à distribuição geográfica, no 1.º trimestre de 2024, Porto e Lisboa voltam a encabeçar o pipeline nacional, destacando-se a liderança do concelho de Vila Nova de Gaia, nos dois últimos anos. O Porto é o concelho que concentra maior volume de fogos em carteira no país, num total de 712 unidades, seguido de Lisboa, com 564 fogos.

A seguir, surge Almada que, a par daqueles dois concelhos, é o outro único com um pipeline acima de 500 fogos no período em questão. Somando 531 novas habitações com pedido de licenciamento nos três primeiros meses deste ano, Almada supera Vila Nova de Gaia, que tem um pipeline de 481 unidades. Leiria e Matosinhos, cada um com um pipeline na ordem das 420 unidades, também se destacam. No patamar de 300 fogos em carteira, inserem-se a Maia, Aveiro, Braga e Portimão.

Os dados resultam de uma análise da Confidencial Imobiliário, no âmbito do sistema de informação Pipeline Imobiliário, aos pré-certificados emitidos pela ADENE, que refletem as intenções de investimento da promoção imobiliária, e aos dados do licenciamento de habitação do Instituto Nacional de Estatística.

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