Habitação
Lisboa tem 4.560 novos fogos prontos para construir
Outubro 10, 2025 · 12:19 pm
Imagem de Thewonderalice no Pixabay
Lisboa tem atualmente 4.560 fogos habitacionais prontos a avançar para construção, o que representa um potencial reforço de 46% face à oferta atualmente em obra. Os dados constam de uma análise da Confidencial Imobiliário com base na informação da Câmara Municipal de Lisboa relativa à atividade de licenciamento entre 2022 e o primeiro semestre de 2025.
Segundo a CI, nos últimos quatro anos foram licenciados 14.410 novos fogos na capital. Deste total, 9.850 unidades (68%) já se encontram em fase de construção, enquanto os restantes 4.560 (32%) integram loteamentos já aprovados pela autarquia, com condições para avançar a curto prazo. Estes poderão assim reforçar significativamente a oferta residencial da cidade.
Projetos de grande escala são maioria da oferta
A análise destaca ainda o crescimento do peso dos projetos de grande escala no total da nova habitação licenciada. Entre 2022 e o primeiro semestre de 2025, 48% dos 14.410 fogos resultam de processos de loteamento, uma tendência que tem vindo a ganhar relevância. Se em 2022 e 2023 estes projetos representavam apenas 25% a 35% do total, em 2024 e 2025 já são responsáveis por 70% a 90% da nova oferta.
Desde 2022, foram licenciados 26 loteamentos, correspondentes a 6.961 fogos, o que equivale a uma média de 267 habitações por projeto. A dimensão média dos loteamentos também tem vindo a aumentar, passando de 256 fogos em 2022 para 365 em 2025.
O ritmo de licenciamento na cidade tem igualmente acelerado. Em 2024, o número total de fogos licenciados (quer por loteamento quer por licença de construção) cresceu 17% face a 2023, atingindo cerca de 3.800 unidades. A tendência manteve-se em 2025, com 2.000 novos fogos aprovados no primeiro semestre, o que traduz um crescimento de 6% em relação à média semestral do ano anterior.
Habitação
Cascais compra terrenos para travar especulação e criar parque urbano
Investimento pretende reforçar a oferta de habitação pública e equipamentos, devolvendo o território à comunidade.