Investimento

Investimento imobiliário comercial caiu mais de 55% no primeiro semestre

Junho 28, 2023 · 9:02 am
Foto de Xavi Cabrera no Unsplash

O investimento imobiliário comercial caiu cerca de 56% no primeiro semestre do ano, de acordo com os dados preliminares das consultoras avançados ao jornal ECO. Para este cenário contribuiu a rápida subida das taxas de juro, o aumento generalizado dos preços e o pacote legislativo Mais Habitação aprovado pelo governo.

A consultora Cushman & Wakefield avança que, desde janeiro, foram concluídas 27 transações, num investimento total de 360 milhões de euros, clarificando que estes são ainda valores preliminares, passíveis de serem ajustados nas próximas semanas.

Do mesmo modo, a JLL revela que o montante total de investimento estimado não ultrapassa os 400 milhões de euros, ou seja, os dados provisórios apontam para uma queda referente ao período homologo acima “de 50%”, quando “foram investidos 822 milhões”.

Retalho reúne maior parte do investimento

Segundo os dados da Cushman & Wakefield, o retalho reuniu 258 milhões de investimento, isto é, quase sete vezes acima do valor de igual período no ano anterior, mas mais de metade do valor corresponde a um só negócio. Os escritórios representaram 47 milhões (menos 69% face ao período homólogo) e a logística 22 milhões (menos 89% que no ano de 2022). O investimento em hotelaria somou 19 milhões, uma queda de 92% face ao mesmo período do ano passado, e outros segmentos reuniram investimentos de 13 milhões (menos 16% face ao período homólogo).

Para a JLL o volume de investimento “continua ancorado no setor de retalho com uma representatividade de cerca de 60%, fruto da alienação do portefólio de supermercados ocorrida no primeiro trimestre do ano”.

Esta queda abrupta do investimento total surge em linha com a tendência já verificada no primeiro trimestre de 2023, quando as consultoras apontaram para uma quebra homóloga de cerca de 40% no investimento imobiliário que, até março, rondou os 225 milhões de euros em menos de 20 transações.

2023 é o ano mais desafiante da década

Os promotores já tinham apontado o ano de 2023 como um dos mais desafiantes da última década do setor imobiliário, devido à crise energética, à subida dos custos das matérias-primas e da mão-de-obra e ao aumento galopante das taxas de juro, além do programa Mais Habitação que assustou os investidores.

Ainda assim, a Cushman & Wakefield considera que a redução no investimento é “significativamente mais ligeira do que aquela que se verificou nos principais mercados europeus”, destacando que no mercado nacional foram os americanos, os espanhóis e os ingleses que mais investiram em imobiliário no primeiro semestre do ano.

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