Habitação

Investimento em habitação na ARU de Lisboa cresce 29%

Novembro 12, 2024 · 3:53 pm
Imagem de Leonhard Niederwimmer por Pixabay

As vendas de casas na Área de Reabilitação (ARU) de Lisboa aumentaram 20% nos primeiros seis meses de 2024. Neste período, realizaram-se 3.760 transações de aquisição de imóveis residenciais, num investimento que ascendeu a €1.953 milhões, um acréscimo de 29% face aos €1.510 milhões investidos, em média, por semestre em 2023 e que supera os padrões dos últimos cinco anos.

Os dados são avançados pela Confidencial Imobiliário, apurados com base nos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa. A ARU de Lisboa abrange todas as freguesias da cidade à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações.

76% das transações feitas por particulares

A maioria das transações continua na mão de particulares que representam 76% do mercado, quer em número de operações quer em montante investido, ao concretizarem 2.865 transações no valor de €1.479 milhões. Por seu lado, as empresas garantem os restantes 24% do investimento em habitação, com 895 aquisições no valor de €474 milhões.

O crescimento do volume de investimento é alimentado por ambos os segmentos, privado e empresarial. Na primeira metade do ano, os privados investiram mais 32% do que os €1.117 milhões contabilizados por semestre de 2023, aumentando em 19% o número de operações (2.400 em 2023).

Nas empresas, o capital despendido em aquisição de habitação cresceu 21%, comparando com a média semestral de €393 milhões em 2023. O volume de transações aumentou também 21% face à atividade média semestral de 740 operações em 2023.

Avenidas Novas com maior procura

As Avenidas Novas foram a freguesia mais procurada, somando 340 operações no valor de €235 milhões, correspondentes a quotas de 9% e 12%, respetivamente, do total do semestre. O segundo destino mais pretendido foi a Estrela, com 280 operações de compra de habitação e €196 milhões aplicados.

São Vicente, Alvalade e Belém foram as freguesias em que a atividade mais cresceu.

Em São Vicente, no centro histórico, o montante investido em habitação disparou 179% para €102 milhões, garantindo uma quota de 5% do mercado.

Já Alvalade aumentou o montante captado em 129%, ascendendo a €165 milhões, tornando-se na freguesia com a terceira maior quota (8% do montante).

Por fim, Belém passou a agregar 7% do investimento e ocupar a 4º posição, com o investimento de €138 milhões e um aumento de 126% face a 2023.

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