Imobiliário representa mais de metade do investimento direto estrangeiro

As transações de investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal totalizaram 6.800 milhões de euros em 2023, menos 16% do que em 2022, e mais de metade (3.900 milhões de euros) foi investimento imobiliário, divulgou ontem o Banco de Portugal.

Este valor representa um aumento de 22% face a 2022 e é o mais elevado desde o início da série do Banco de Portugal (2008).

Entre o final de 2008 e o final de 2023, o stock de IDE mais do que duplicou. No final do ano passado, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal era de 180.000 milhões de euros (mais 10.600 milhões de euros do que no ano anterior). Quanto ao stock de investimento direto de Portugal no exterior (IPE), este aumentou 22% e no fim de 2023 era de 64.000 milhões de euros.

As regiões da Grande Lisboa, Norte e Algarve concentraram mais de 80% deste investimento direto do exterior. As regiões com menor concentração de IDE foram a Região Autónoma dos Açores, o Oeste e Vale do Tejo e a Península de Setúbal.

A maioria do investimento provém de países da Europa (4.993 milhões de euros), seguindo-se os países da Ásia (1.175 milhões de euros).

O investimento direto é um investimento que implica o controlo ou importante grau de influência sobre uma empresa (compra de empresas, compra de importante participação numa empresa ou até concessão de empréstimos).