Habitação
Governo vai alienar 16 imóveis públicos para financiar habitação
Outubro 24, 2025 · 9:21 am
Foto de Carla Heyworth na Unsplash
O Governo determinou a alienação de 16 edifícios e terrenos públicos devolutos ou subutilizados para financiar programas de habitação pública, entre os quais a antiga sede do Conselho de Ministros, em Lisboa, segundo uma resolução publicada esta quinta-feira em Diário da República.
A medida pretende colocar no mercado imóveis de que o Estado e a ESTAMO – Participações Imobiliárias deixaram de necessitar, destinando-os a “fins habitacionais ou não habitacionais, desde que o produto da sua alienação seja destinado ao financiamento das políticas públicas de habitação”, é realçado no diploma.
Os edifícios e terrenos visados estão localizados em Lisboa, Porto, Póvoa de Varzim, Felgueiras, Marco de Canaveses e Matosinhos.
Os procedimentos para alienação dos imóveis devem ser iniciados até ao final do primeiro trimestre de 2026, com o objetivo de o processo estar concluído até ao fim do próximo ano.
O valor base de alienação de cada imóvel será definido por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas Finanças e pela Habitação, “tendo em consideração a avaliação de, pelo menos, duas entidades independentes e idóneas”.
No caso dos imóveis que ainda estão ocupados por serviços da administração pública, o diploma prevê que o Estado pode utilizá-los de forma gratuita até ao final de 2027.
Receita financia políticas públicas
O Executivo pretende canalizar a receita obtida com a venda destes imóveis para financiar políticas públicas de habitação. De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2026, está previsto um encaixe total de 1.216 milhões de euros resultante da alienação de património do Estado, entre edifícios e terrenos, sendo que 1.036 milhões deverão provir apenas da venda de edifícios. No entanto, de acordo com o diploma publicado, esses imóveis poderão ser destinados a “fins habitacionais ou não habitacionais”.
Entre os edifícios disponibilizados estão os imóveis “desocupados pela deslocação de ministérios e entidades públicas para o edifício Campus XXI”, em Lisboa.
Em Lisboa são colocados no mercado nove edifícios e um terreno na Quinta das Conchinhas, para onde, segundo a página na Internet do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), está previsto um projeto de urbanização com 168 fogos e 4.080,50 m2 de comércio e serviços.
Entre os edifícios a alienar em Lisboa estão o da antiga sede do Conselho de Ministros, além de diversos edifícios que eram ocupados por serviços dos ministérios da Educação, Economia e Saúde, como a Direção-Geral do Ensino Superior, a Direção-Geral das Atividades Económicas e a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde.
Na Póvoa de Varzim estão em causa três lotes em Fraião (Beiriz), em Felgueiras é disponibilizada a Quinta de Sergude (Sendim) e em Marco de Canavezes o terreno “Bouça das Cruzes” (Valdecidos).
No Porto são disponibilizados imóveis na Rua do Cerco e na Rua de Tirares, em Campanhã, e em Matosinhos nas ruas Carlos de Carvalho e Roberto Ivens.
Fonte: Lusa / Redação
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