Passeios

Entrada gratuita em museus e monumentos 52 dias por ano

Agosto 1, 2024 · 2:45 pm
Imagem de Bernd Hildebrandt por Pixabay

A entrada gratuita em museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado deixa de estar restringida aos domingos e feriados e, a partir de hoje, passa a ser possível usufruir de 52 entradas gratuitas por ano.

A medida, que abrange apenas portugueses e residentes em Portugal e permitirá uma gestão de fluxos de visitantes, foi explicada hoje aos jornalistas pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, pondo em prática uma decisão anunciada em maio.

Vários monumentos num só dia

A partir de dia 1 de agosto, os portugueses e residentes em Portugal passam a ter 52 dias por ano, em qualquer dia da semana, para visitar gratuitamente os 38 museus, monumentos e palácios tutelados pela Museus e Monumentos de Portugal. Até aqui, a gratuitidade era acessível apenas aos domingos e feriados, num regime que tinha entrado em vigor em setembro de 2023.

“A liberdade é plena. Nós podemos passar a visitar em qualquer dia da semana. A gratuitidade que era até agora limitada aos domingos e feriados passa a ter plena liberdade de ação e escolha”, afirmou a ministra da Cultura.

Como a medida entra em vigor hoje, 01 de agosto, já só estão disponíveis 22 dias de entradas sem pagar até ao final do ano. Mas, ao longo de cada dia escolhido, é possível visitar vários museus, monumentos e palácios.

Para garantir o acesso àqueles espaços, os visitantes devem apresentar o cartão de cidadão nas bilheteiras para um registo, a fim de se poder contabilizar, numa base de dados central, o número de entradas.

Ministra critica sistema de bilhética

A 18 de maio passado, Dia Internacional dos Museus, a ministra da Cultura anunciou mudanças no regime de gratuitidade, com a criação de uma ‘app-voucher’ de uso pessoal, com 52 dias de acesso grátis.

Aos jornalistas, Dalila Rodrigues explicou que a aplicação (‘app’) não pôde ser ainda implementada, porque “o sistema de bilhética tal como foi deixado pela extinta DGPC [Direção-Geral do Património Cultural] está obsoleto”.

Segundo a ministra, está em curso uma renovação de “todo o sistema operativo para que a aplicação possa vir a ser o meio através do qual se acede a esta gratuitidade”.

A ministra da Cultura quis que esta “liberdade de escolha” entrasse já em vigor, coincidindo com um dos principais períodos de férias dos portugueses e também para aliviar o tempo de espera de entrada nos museus, até agora concentrada ao domingo.

Sobre a possível compensação de receitas que se poderão perder com a alteração da gratuitidade, Dalila Rodrigues disse que é preciso ainda perceber de que modo se impactará a medida do ponto de vista orçamental.

Quanto à ausência de estatísticas atualizadas sobre o número de visitantes, uma vez que os dados mais recentes são de 2022, Dalila Rodrigues culpou a extinta Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) por se desconhecer a origem geográfica de quem visita; se o visitante é estrangeiro, português ou residente em Portugal.

“Não temos [dados] porque a extinta DGPC não disponibilizou e o sistema de bilhética até agora em vigor lamentavelmente não tinha a contabilidade por origem geográfica. […] Estimamos que, com base em dados anteriores, que a procura pudesse ser em torno dos 20%, ou seja, que os portugueses correspondessem a cerca de 20% da procura de públicos”, afirmou.

Quando questionada sobre a ausência de dados públicos sobre quem visita estes equipamentos culturais, Dalila Rodrigues respondeu: “Os totais de visitantes evidentemente foram contabilizados. [Sobre números] Não faço ideia, não me perguntem a mim, eu sou ministra da Cultura, não estou propriamente a operacionalizar as estatísticas dos visitantes”.

Segundo os últimos dados divulgados, em 2022 os museus, monumentos e palácios nacionais somaram 3.339.416 entradas.

Lista inclui património da UNESCO e museus nacionais

A lista de museus, monumentos e palácios sob a alçada da Museus e Monumentos de Portugal inclui cinco monumentos inscritos como património mundial da UNESCO, dois palácios e ainda diversos museus nacionais. De norte a sul do país, dispersos por 21 vilas e cidades, atraem milhões de visitantes, nacionais e estrangeiros, todos os anos.

Alcobaça

Mosteiro de Alcobaça

Batalha

Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Mosteiro da Batalha)

Beja

Museu Rainha D. Leonor (encerrado para requalificação)

Igreja de Santo Amaro, Núcleo Visigótico do Museu Rainha D. Leonor

Braga

Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa

Museu dos Biscainhos

Bragança

Museu do Abade de Baçal

Caldas da Rainha

Museu José Malhoa

Museu da Cerâmica

Coimbra

Museu Nacional de Conímbriga

Museu Nacional Machado de Castro

Évora

Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo

Guimarães

Castelo de Guimarães

Igreja de São Miguel do Castelo

Paço dos Duques

Museu de Alberto Sampaio (encerrado para requalificação)

Guarda

Museu da Guarda

Lamego

Museu de Lamego

Lisboa

Biblioteca da Ajuda (marcação prévia)

Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves

Mosteiro dos Jerónimos

Museu de Arte Popular

Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea

Museu Nacional de Arqueologia

Museu Nacional de Arte Antiga

Museu Nacional de Arte Contemporânea

Museu Nacional do Azulejo

Museu Nacional dos Coches

Picadeiro Real

Museu Nacional de Etnologia

Museu Nacional da Música

Museu Nacional do Teatro e da Dança

Museu Nacional do Traje

Museu do Tesouro Real

Palácio Nacional da Ajuda

Panteão Nacional

Torre de Belém

Mafra

Palácio Nacional de Mafra

Miranda do Douro

Museu da Terra de Miranda

Nazaré

Museu Dr. Joaquim Manso (encerrado para requalificação)

Peniche

Museu Nacional Resistência e Liberdade

Porto

Museu Nacional Soares dos Reis

Casa-Museu Fernando de Castro

Sagres

Fortaleza de Sagres

Tomar

Convento de Cristo

Viseu

Museu Nacional Grão Vasco

Fonte: Lusa/ Redação

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