Habitação
Braga lidera licenciamento de habitação entre as capitais de distrito não metropolitanas
Abril 23, 2025 · 9:40 am
Foto de André Eusébio na Unsplash
Braga foi, em 2024, a capital de distrito não metropolitana com mais fogos licenciados, segundo os dados mais recentes do Observatório Urbano de Braga. Ao todo, foram aprovadas 1.062 novas habitações, número que apenas é superado pelas capitais de distrito de Lisboa (2.036 fogos) e Porto (2.824 fogos).
Este desempenho coloca Braga como uma das principais cidades do país no que toca à nova oferta habitacional. Além do volume elevado de licenciamentos, o concelho destaca-se pela eficácia na resposta à procura de licenciamento: dos 1.217 fogos que deram entrada com pedido de aprovação ao longo do ano, 87% foram efetivamente licenciados. Trata-se de um dos rácios mais altos entre as capitais de distrito, demonstrando uma clara capacidade de concretização das intenções de investimento no concelho.
A informação é avançada pelo Observatório Urbano de Braga, uma plataforma de análise e divulgação de indicadores sobre o mercado residencial, desenvolvida pela Câmara Municipal de Braga em parceria com a Confidencial Imobiliário.
Dinâmica de vendas em alta
No ano passado, o mercado de compra e venda de habitação em Braga também revelou sinais de crescimento. Foram transacionadas cerca de 2.670 habitações, mais 11% do que em 2023, ano em que se registaram aproximadamente 2.400 vendas.
Os preços médios de venda situaram-se nos 1.918€/m², com diferenças significativas entre a habitação nova (2.773€/m²) e a usada (1.768€/m²).
Para Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, “Braga, sendo uma cidade que tem tido uma forte dinâmica demográfica, tem respondido à pressão da procura através do licenciamento de novos fogos no mercado, dessa forma mantendo esse concelho entre as capitais de distrito mais acessíveis, abaixo de Aveiro, Setúbal e Coimbra.”
O responsável sublinha ainda o papel da autarquia: “Uma nota para o papel da Câmara Municipal, cujo volume de fogos licenciados em 2024 corresponde a 87% do número dos novos fogos que entraram em licenciamento, denotando um claro compromisso com os operadores e com o mercado”.