Arrendar Casa

A cidade europeia mais cara para arrendar casa foi revelada… e não é Lisboa!

Outubro 8, 2025 · 3:27 pm
Imagem de Pit Karges no Pixabay

A escalada dos preços no arrendamento continua a marcar o mercado imobiliário europeu, mas nem todas as cidades seguem o mesmo ritmo. Em Portugal, Lisboa e Porto continuam sob pressão, embora os dados do Property Index 2025, da Deloitte, mostrem que ainda estão longe dos valores praticados nas capitais do centro e norte da Europa.

Mas o primeiro lugar no pódio da renda mais elevada não vai para Londres nem para Paris.

A Cidade do Luxemburgo é oficialmente o sítio onde custa mais pagar por uma casa arrendada na Europa: 43,40 euros por metro quadrado (€/m2) por mês. É quase dez vezes o valor cobrado em Durrës, na Albânia, a cidade mais barata, segundo o estudo. Seguem-se Paris (32 €/m2) e Dublin (31,70 €/m2), dois mercados onde o desequilíbrio entre procura e oferta continua a ser gritante.

Londres, sempre difícil para arrendar, surge apenas no 9.º lugar, com 23,80 € /m2, atrás de cidades como Barcelona, Oslo e Madrid.

E Portugal? Lisboa surge a meio da tabela, mas com preços longe de serem simpáticos face aos rendimentos nacionais. Segundo a Deloitte, a capital portuguesa ocupa a 22.ª posição, com rendas médias de 18,1 €/m2, enquanto o Porto aparece em 38.º lugar, com 15 €/m2.

As 10 cidades europeias mais caras para arrendar (€/ m² por mês)



  1. Cidade de Luxemburgo, Luxemburgo: 43,40 €

  2. Paris, França: 32,00 €

  3. Dublin, Irlanda: 31,70 €

  4. Barcelona, Espanha: 29,90 €

  5. Oslo, Noruega: 27,30 €

  6. Madrid, Espanha: 27,10 €

  7. Amesterdão, Países Baixos: 26,30 €

  8. Copenhaga, Dinamarca: 24,80 €

  9. Londres, Inglaterra: 23,80 €

  10. Galway, Irlanda: 22,90 €


Comprar casa também não é para todos

Se a ideia é fugir das rendas e comprar casa, o cenário não é muito mais animador.

Se puder, evite Amesterdão, onde os preços das casas são, em média, quinze vezes o rendimento médio. Em vez disso, opte por Turim, Odense (na Dinamarca) ou Manchester, os três mercados imobiliários mais acessíveis do continente, de acordo com a Deloitte.

O relatório mostra que, em 2024, foram vendidas 156.325 habitações em Portugal, mais 14,5% do que no ano anterior, num valor total de 33,8 mil milhões de euros (+20,8% face a 2023).

Os preços também aumentaram: o Índice de Preços da Habitação registou uma subida média anual de 9,1%, superando o crescimento de 8,2% em 2023. Lisboa e Algarve lideram como as regiões mais caras, com 4.618 €/m² e 4.269 €/m², respetivamente.

Tudo isto acontece apesar de medidas como o IMT Jovem, criado em 2024 para apoiar os compradores até aos 35 anos, e das reformas administrativas do Simplex Urbanístico, incluído no pacote Mais Habitação, que agilizaram processos de licenciamento, destaca o Property Index.

Rendas sobem em todo o país

Em 2024, todas as regiões portuguesas registaram aumentos nas rendas médias. A explicação é simples: a procura continua a crescer e a oferta não chega para todos. O número reduzido de imóveis para arrendar (muitos desviados para alojamento local) pressiona os preços e empurra os arrendatários para zonas cada vez mais periféricas.

Mesmo com esta escalada, Portugal ainda está longe dos valores praticados nas grandes capitais europeias. Mas o aviso está dado: se a oferta continuar a encolher e o mercado de Build-to-Rent (BTR) — construção para arrendamento — não arrancar (travado pela carga fiscal e por um enquadramento legal pouco favorável), a situação poderá piorar.

Em termos gerais, o estudo da Deloitte descreve o mercado residencial português como dinâmico, com mais transações e maior atividade de promoção imobiliária, mas também com um desequilíbrio estrutural entre oferta e procura.

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